No dia 27/01/13 ocorreu a 1ª Etapa do Campeonato Gaúcho de Maratona em Barra do Ribeiro, localizada no Rio Grande do Sul, chamada de Volta da Costa Doce. Pra quem não sabe, ou não bebe Schincariol, a costa doce é devido a localização da cidade à beira da Lagoa dos Patos. Muito embora (como dizem alguns "sabidos" do português) eu não tenha visto nenhum pato, além de mim claro (já explico). O visual da lagoa é muito interessante, pena e sorte (devido ao vento) que a corrida não era na beira da lagoa.
Participei na categoria estreante, talvez tivesse sido melhor na estrebuchante, que teve percurso de 60 km em terreno plano de chão batido, com algumas poucas (5 ou 6) e leves subidas. O circuito em si não era difícil e estimava que conseguiria fechar a prova em 3h, devido ao meu super (des)preparo. Desde de dezembro não tenho andado regularmente (sendo este regularmente 1 vez por semana, o que é pouco) e mesmo assim o percurso maior que fiz foi de uns 45 km com algumas paradas pra tomar água, tirar fotos e até ler a Zero Hora de domingo, com classificados e tudo. Descomplicando: esta prova estava muito além da minha (in)capacidade física.
Para mim, o maior desafio seria aguentar tanto tempo em cima da bike sem descer e como previ sofri e muito. No final da prova o Olho de Thandera estava judiado, pra lá de mal, cheguei a achar que tinha perdido os documentos no meio da prova, tamanha a dormência. Aquela música clássica martelava minha cabeça: "A pipa do vovô não sobe mais.. " Para ajudar acho que des de (des de separado mesmo em homenagem ao Augusto, amigo, não sobrinho, agora afilhado:) o quilômetro 15 eu estava sentindo a panturrilha esquerda puxar, tipo avisando, É UMA CILADA BINO. Mesmo assim consegui manter o ritmo que eu esperava, por volta dos 20 km/h. Esta velocidade é muito baixa para uma competição, claro, mas me planejei de fazer nesta faixa etária.
Já o ritmo do pessoal que fez a prova na categoria Elite (e de muitos outros que não eram da Elite) foi na minha opinião alucinante. Os caras (da Elite) percorreram 100 km em torno de 3 horas. O primeiro colocado fechou em 3h10min, numa média de 31,55 km/h, velocidade esta que eu não consigo fazer nem no asfalto por muito tempo, no plano hehehehee. Loser. Finalmente, PATO. Após o quilômetro 40 peguei vento contra, era leve, mas meu estado emocional físico estava decadente e senti muito. Terminei, mas foi duro...o banco.
Até o relógio cansou de me esperar. Tempo oficial de Brasília: 3h, 6min e 16s.
Avaliando o equipamento que tenho, acredito que com alguns ajustes (tipo uma cirurgia de troca de sexo na bicicleta) eu poderia fazer um tempo um pouco melhor, mas claro que não posso precisar isto. Acho que um pedal com clip e uma sapatilha de balé, uma bike 29 e pedivela integrado teriam me dado alguns minutos e um alívio nas partes baixas. Mas como a Gatorade está falando em sua propaganda, nada disso é suficiente. A vitória vem de dentro. Combina DEMAIS esta propaganda com minha performance nesta prova. Faltou perna, faltou uma almofada. Por fim eu realizei que: a derrota também vem de dentro. Talvez o Powerade poderia usar este slogan... ou a Pepsi, que tá sempre em segundo. Mas pera aí, o Gatorade é da Pepsi e o Powerade é da Coca........ enfim, serviu pra saber que nem sempre a Pepsi perde. Ela toma Gatorade! Dã!
Foi legal também ver alguns bundinhas com bike top me olhando com cara de descrédito, devido a minha super bike de 1100 dilmas. Impagável... o bullying silencioso também dói, sabe hehehhee.
Valeu a experiência, já faziam anos que eu queria ir em alguma prova para conhecer. Meus joelhos não berraram nunca e meu tendão de aquiles também não, que eram as regiões que eu estava achando que poderia sofrer lesões.
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